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Marília Ruiz

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo o a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

34 anos depois, Cuca fala de caso de violência sexual e diz ser inocente

02/03/2021 16h34

"Eu preciso dar um basta nisso. Claro que essa história me incomoda demais. Não posso virar bandido depois de 34 anos", assim o técnico Cuca respondeu ao pedido desta colunista para falar do caso que ficou conhecido como o "escândalo de Berna".

Pela primeira vez (e última), Cuca falou abertamente e com exclusividade sobre o caso acontecido em 1987. "Resolvi juntar minha mulher e minhas duas filhas para falar desse caso de 12400 dias atrás porque sou inocente", desabafou.

Não fui julgado e culpado. Fui julgado à revelia, não estava mais no Grêmio quando houve esse julgamento com os outros rapazes. É uma coisa que eu tenho uma lembrança muito vaga, até porque não houve nada. Não houve estupro como falam, como dizem as coisas. Houve uma condenação por ter uma menor adentrado o quarto. Simplesmente isso. Não houve abuso sexual, [não houve] tentativa de abuso ou coisa assim".

Cuca

O nome do técnico de 57 anos, recém-saído do Santos, voltou a ser ligado ao ocorrido durante excursão do Grêmio em julho de 1987. Na ocasião, Cuca, o ex-goleiro Eduardo, o ex-zagueiro Henrique e o ex-atacante Fernando foram detidos em hotel suíço sob a acusação de violência sexual contra pessoa vulnerável (uma adolescente de 13 anos).

É relevante frisar que consta nos registros policiais e nos autos do processo que a vítima jamais identificou ou apontou Cuca como um dos seus agressores.

Os quatro ex-atletas ficaram cerca de um mês detidos na Suíça. Depois, por meio de intermediação diplomática, foram liberados e voltaram ao Brasil. Dois anos depois foram condenados à revelia. A condenação de Cuca, 15 meses de detenção, prescreveu antes de ser cumprida.

Cuca contesta a condenação, refuta a ideia de que foi acusado de estupro, conta que nunca pôde se defender e lamenta a repercussão tardia de um fato do qual só tem más lembranças. Em conversa franca, mostrou seu incômodo com o tema:

"Topo falar com você, Marília. Qual o problema? Sou uma pessoa do bem, vivo numa família de mulheres, 90% da minha família são mulheres! Esse episódio de 1987 precisa ser explicado. Eu estava no Grêmio havia duas ou três semanas apenas, não conhecia ninguém. Eu jamais toquei numa mulher indevidamente ou inadequadamente. Sou um cara de cabeça e consciência tranquila. Tenho a consciência tranquila", afirmou o treinador.

Cuca também gravou, ao lado de esposa e filhas, um depoimento sobre o caso com exclusividade para o blog. A íntegra, sem edição, está aqui neste post.

Topar falar sobre um tema espinhoso e indigesto é o que temos que fazer nesta semana de "festejos e homenagens" pelo Dia Internacional da Mulher. Não é mimimi. Não é a ditadura das pautas feministas na semana do Dia Internacional da Mulher que se aproxima. Mas o futebol e a editoria de esportes ainda são muito blindados. O futebol é ainda muito hostil para as mulheres. Acreditem em mim: muito!

A realidade de 2021 é já bem distante daquela de 1987, quando o caso do "escândalo de Berna" foi tratado como uma "festinha" por alguns jornalistas, quando a torcida e a imprensa festejaram a chegada dos jogadores do Grêmio, quando o mundo não estava preparado pela ler essa entrevista sobre esse assunto em um blog de uma mulher na editoria de Esportes. Evoluímos. A desconstrução do machismo de todos nós é uma longa jornada. Seguimos.