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Rodrigo Mattos

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Alfinetadas entre Cuca e Abel geram debate sobre a narrativa do futebol

Abel Ferreira elimina Cuca da Libertadores - Flickr/Palmeiras
Abel Ferreira elimina Cuca da Libertadores Imagem: Flickr/Palmeiras

15/08/2022 04h00

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O Palmeiras de Abel Ferreira eliminou o Atlético-MG de Cuca da Libertadores jogando com dois a menos em parte do jogo. Esse desfecho incomum gerou explicações de ambos os técnicos, de uma certa forma defendendo seus erros e acertos. De suas declarações, extrai-se um debate bem pertinente sobre o futebol e suas narrativas.

Lembremos, o Palmeiras teve expulsos Danilo e Gustavo Scarpa, ambos justamente, o que nos poupa da discussão chata sobre arbitragem. Com dois a menos, o time alviverde se manteve organizado, sofreu poucas finalizações e levou o jogo para a disputa de pênaltis, na qual bateu o Galo.

Após o jogo, o treinador atleticano afirmou que às vezes era mais difícil jogar 11 contra 10 do que 11 contra 11. Questionado sobre essa fala, Abel Ferreira apontou erros na estratégia de Cuca ao tentar atacar o Palmeiras com um a menos:

"O Cuca é um treinador experiente, tem vários títulos no currículo. Quando ele assistir a esse jogo, vai entender que tinha muitos jogadores por fora do nosso bloco, e você tem que colocar gente por dentro para atacar a nossa linha. Ele tinha os pontas por fora, os dois laterais abertos, os zagueiros por trás, mas poucos jogadores por dentro do nosso bloco. Isso, para nós, foi mais fácil de controlar", disse ele.

De fato, uma análise dos mapas de calor do jogo mostra que há poucos jogadores atleticanos pelo meio e principalmente na área do Palmeiras. Hulk saiu para jogar mais pela direita, Ademir e Keno naturalmente se posicionam mais nas laterais, os meio-campistas Zaracho, Jair e Allan também infiltram pouco perto da área alviverde. Perto do seu gol, o Palmeiras fica confortável de jogar o rival para os lados e não ter adversários nas zonas mais perigosas de conclusão.

A duas linhas de marcação palmeirenses, em um 4-1-4 com Zé Rafael de volante, impediam o Atlético-MG de chegar perto da área alviverde. Restavam as bolas longas como a que Jair quase fez de cabeça na área. Só com o Palmeiras mais cansado, e perdendo uma bola, que o Galo chegou com Hulk em condições de marcar, perdeu. Ao final, o Palmeiras teve 13 finalizações e o Galo, 11, embora o time mineiro tenha mandado mais bolas na direção do gol (7 x 2). A leitura de jogo de Abel faz sentido.

Cuca claramente ficou incomodado com a análise do técnico palmeirense. Sua visão é de que cravar a superioridade do time paulista, mesmo com um a menos (depois dois), é fruto de uma análise a partir do final para o início. Ou seja, espera-se o vencedor para se estabelecer uma narrativa sobre a partida. Veja sua declaração após a vitória sobre o Coritiba:

"Quando está vencendo tudo que faz é perfeito, é maravilhoso. Se você sai no vestiário e escuta música na hora dos pênaltis e ganha vira moda. E se perdesse? Quando você cai seis vezes no mesmo canto e ganha, pô é legal. Você lembra o Muralha, que caiu no mesmo canto e perdeu [na decisão da Copa do Brasil pelo Flamengo em 2017]? O que aconteceu? Quando você tem dois jogadores expulsos, não a nada porque a cabeça é fria. Não foram cabeça fria, podiam ter quebrado um jogador nosso. Se a derrota vem para eles nesses jogo, vocês [imprensa] estariam cobrando as duas expulsões, as seis caídas do goleiro no mesmo canto e o treinador que não ficou para os pênaltis. Mas quando se ganha,?", disse ele.

Há um tanto de razão e de amargura na fala de Cuca. Sim, é verdade que a maioria das análises partem do resultado para construir causas para explicar o placar final. Então, as expulsões palmeirenses certamente seriam condenadas caso o time caísse, talvez como cabeça quente. E as informações de bastidores após a vitória - Scarpa e Abel ouviram música nos pênaltis - certamente podem ter sido romantizadas (qual vitória que não é romantizada no futebol?).

Por fim, é verdade que Weverton saltou para o mesmo canto nos pênaltis, assim com fez o derrotado Muralha na final da Copa do Brasil. Não me parece, no entanto, que o goleiro palmeirense tenha feito isso com um propósito único. Ele informou ter recebido uma dica da comissão técnica alviverde sobre a forma de Rubens bater o penal. Muralha itiu que se jogou para o mesmo lado como uma estratégia única.

As falas de Cuca não escondem a ineficiência de seu time de atacar um rival com um a menos. Sejamos sinceros, é meio bizarro dizer ser mais difícil jogar nessa circunstância. O jogo de futebol pressupõe ter o maior número de vantagens legais possíveis sobre o adversário para poder derrotá-lo. É como se o Galo tivesse jogado uma boa mão de pôquer ou truco fora.

Assim como Abel não é um ser iluminado em que todas as ações resultam em vitórias. O treinador palmeirense, de forma lúcida, já itiu que há acaso em vários jogos, a favor e contra. Faz parte do futebol.

De qualquer maneira, as declarações ácidas dos dois técnicos saem do clichê e nos permitem discutir as narrativas de uma partida para além do óbvio.