Milly Lacombe comentou no UOL News Esporte os áudios exclusivos divulgados no podcast "Os grampos de Robinho", que foi ao ar hoje no UOL, no Youtube do UOL Esporte e em todas as plataformas de podcast. Segundo ela, é preciso educar a sociedade contra a cultura do estupro.
'A gente se coloca no lugar dela': "A mulher albanesa vítima nesse caso, para nós mulheres, a gente pensa assim quando ouve esses áudios: 'eu já estive no lugar dela'. Talvez não desse mesmo modo, mas quando a gente ouve a gente se coloca no lugar dela, por isso o alerta de gatilho é importante, a gente realmente a mal, todas as mulheres que eu conheço já sofreram algum tipo de violência sexual. Os números são de guerra, estupro é uma arma de guerra usada por exércitos, quando essa arma de guerra é cultural, é uma cultura social que a gente vê todos os dias na sociedade, quem é o inimigo? O inimigo é a mulher, é isso que a gente precisa entender".
Educar contra a cultura do estupro: "O Robinho não é um monstro, os amigos do Robinho não são monstros, eu quero a condenação do Robinho, dele e dos amigos, mas acho que precisa haver também educação, essa sanha punitivista não vai levar a gente longe, a gente precisa educar uma sociedade inteira a respeito do que é a cultura masculina que leva ao estupro e por que a mulher é considerada um objeto e não um sujeito. Vou falar isso com todo cuidado do mundo: a mulher albanesa que é a vítima deles já fomos todas nós. A gente luta não é por nós, nossos corpos já foram abusados, a gente luta pelas nossas filhas, netas e futuras gerações. Esses áudios são de embrulhar o estômago, mas são necessários, é importante ter a coragem de ouvir esse podcast".
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