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Na pandemia, robô entra em cena e ajuda mil mulheres em relação abusiva

Chatbot Maia, criada por iniciativa do Ministério Público de São Paulo - Reprodução
Chatbot Maia, criada por iniciativa do Ministério Público de São Paulo Imagem: Reprodução

Rodrigo Trindade

De Tilt, em São Paulo

11/06/2020 04h00

Sem tempo, irmão

  • Lançada em março, Maia tira dúvidas de mulheres sobre relacionamentos abusivos
  • Mais de mil mulheres conversaram com a robô durante o período de distanciamento social
  • Conteúdo das conversas e perfil das usuárias é preservado para haver segurança e privacidade

Em quase três meses, a chatbot Maia (Minha Amiga Inteligência Artificial) ganhou um papel mais importante do que o original. Lançada em março pela campanha Namoro Legal, do Ministério Público de São Paulo, a robô para conversas "nasceu" como uma cartilha sobre violência contra mulheres. De lá para cá, se tornou a "boa amiga virtual" de muitas vítimas de abusos.

Durante o período de distanciamento social de prevenção ao novo coronavírus, em que houve registros de aumento da violência doméstica no Brasil, a ferramenta auxiliou mais de mil mulheres a identificarem, anonimamente, aspectos abusivos em suas relações com parceiros.

Por trás desta ferramenta está o trabalho de Valéria Scarance, promotora do MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), que desenvolveu a cartilha Namoro Legal. Ela marcou a primeira fase do projeto, pensado para ajudar mulheres jovens a identificar comportamentos abusivos do seu respectivo parceiro.

"Segundo levantamentos, 42% das jovens já sofreram alguma forma de violência e 66% assédio sexual. Apesar desses índices, para mulheres jovens é mais difícil perceber a violência e mesmo saber como agir diante de uma situação de violência, atos de controle, isolamento ou ciúmes excessivos", relata Scarance.

Trabalhando neste cenário, a promotora pensou na campanha com uma linguagem "fácil, ível e atrativa" para jovens. A cartilha, lançada em 12 de junho do ano ado —Dia dos Namorados no Brasil —, foi o pontapé inicial e a base para o desenvolvimento da Maia, segundo marco do projeto.

Apoiando o MP-SP, a Microsoft iniciou o desenvolvimento do chatbot em parceria com a consultoria Elo Group e a Ilhasoft, empresa especializada na criação deste tipo de robô. Foram meses de trabalho antes que a Maia começasse a funcionar em março deste ano.

A revista Capricho, o Instituto AzMina, Plan International e o movimento Girl Up contribuíram na campanha e com a criação da Maia.

Sempre aprendendo

Considerada a segunda fase da campanha Namoro Legal, a tecnologia por trás do funcionamento da Maia faz com que ela ouça e aprenda com as experiências das amigas que buscam ajuda. Isso significa que a plataforma segue sendo aprimorada —e nem precisa da intervenção de engenheiros para que as melhorias ocorram.

Em um teste com Maia, a reportagem avalia a experiência como positiva. A inteligência artificial consegue entender bem algumas frases e termos simples como "acho meu namorado possessivo" e dá exemplos de outros casos de abusos, com uma linguagem leve e sensível ao problema.

A IA também dá sugestões de como perceber sinais de relação abusiva e dicas de empoderamento. Como em muitos chatbots, muitas respostas são pré-prontas, mas as orientações são boas e servem para muitos casos.

"A Maia conta com todos os recursos e ferramentas cognitivas da Azure (plataforma de nuvem da Microsoft), que incluem inteligência artificial, aprendizado de máquina e compreensão de linguagem. Ela continua aprendendo a partir de cada interação que é feita com ela", destaca Alessandra Karine, vice-presidente de Setor Público e líder de Diversidade e Inclusão da Microsoft Brasil.

Por ouvir perguntas sensíveis e particulares das usuárias, preservar a privacidade das consultas seria um elemento imprescindível, por isso detalhes sobre o perfil das usuárias não são registrados. Apenas sabe-se o número de mulheres que acionaram o serviço.

"Costumo dizer que a Maia é uma boa amiga virtual, pois dá bons conselhos sobre relacionamento e guarda segredo. Isso porque todas as dicas da Maia foram elaboradas com base na cartilha Namoro Legal e testadas durante um ano. Além disso, a Maia não armazena nenhum tipo de dados das usuárias", explica.

A proteção à identidade de quem usa o recurso foi priorizada no desenvolvimento da Maia. A criação do chatbot foi verificada pelo Aether (Comitê de Inteligência Artificial e Ética em Engenharia e Pesquisa da Microsoft), grupo que avalia iniciativas de chatbot para garantir que os robôs sigam as normas de segurança e ética da empresa.

Onde ar

Mulheres de todo Brasil que buscam as orientações dadas pela Maia podem á-la no site do MP-SP e no site AzMina, clicando no ícone circular no canto direito da página. O próximo plano da campanha é implementar o o à Maia nos sites da Plan International e da Girlup.