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Metaverso só será real se mostrar funções práticas, diz CEO da Magic Leap

Peggy Johnson (foto) é atualmente presidente-executiva da empresa de tecnologia de realidade aumentada Magic Leap - Divulgação
Peggy Johnson (foto) é atualmente presidente-executiva da empresa de tecnologia de realidade aumentada Magic Leap Imagem: Divulgação

Natália Eiras

Colaboração de Lisboa, em Portugal

04/11/2021 04h00

Desde que foi fundada, em 2010, a empresa de tecnologia de realidade aumentada Magic Leap já ou por poucas e boas. Inicialmente, era uma companhia misteriosa, cujo trabalho quase ninguém entendia. Anos depois, se tornou conhecida como a responsável por desenvolver óculos que seriam o "futuro da computação".

Durante anos de comando de seu fundador, Rony Abovitz, ela chegou a receber mais de US$ 3 bilhões de investimentos, recebidos desde o Google até o banco JPMorgan. A criação de um headset (fone de ouvido com microfone integrado) de realidade aumentada, de acordo com ele, deveria mudar o mundo do consumidor final.

O resultado, no entanto, não agradou o público-alvo nem os investidores. Assim, em julho do ano ado, Abovitz deixou a liderança da Magic Leap. Foi então que Peggy Johnson, executiva com agem pela Microsoft e Qualcomm, assumiu o cargo de presidente-executiva para dar outro rumo aos planos da companhia.

Já no ano que vem a empresa deve lançar a segunda geração dos óculos de realidade aumentada: o ML2. Porém, em busca de um resultado mais assertivo, a Magic Leap decidiu focar esforços para oferecer soluções para os mercados da saúde, defesa e manufatura.

"Focamos em pessoas que já estão acostumadas a usar equipamento em seus olhos e, por isso, poderiam ser mais abertas a adotar a realidade aumentada em seu dia a dia", falou a executiva em entrevista a Tilt, durante o Web Summit, evento de tecnologia que acontece em Lisboa.

Segundo ela, a Magic Leap apesar de ter optado por trabalhar com empresas, também está perto de lançar o headset para o público em geral. "Mas é um desafio óptico que não vai ser resolvido magicamente. E, para conquistar o consumidor final, é preciso que o device [dispositivo] seja ainda mais leve do que a segunda geração do nosso produto", diz.

A decisão mais conservadora contrasta com o último anúncio de Mark Zuckerberg, que disse que a Meta (ex-Facebook) vai focar esforços no metaverso, a junção total do mundo real e o virtual.

Apesar da Magic Leap estar contribuindo para chegarmos a esse " novo mundo", Johnson acredita que ainda temos um longo caminho pela frente. "Mas a conversa sobre o metaverso ainda é muito limitada. Para que ele aconteça, é preciso que mostre valor. Seja para entretenimento ou, de maneira prática, para que as pessoas realmente o usem e queiram mais e mais", comenta.

Veja o papo na íntegra a seguir:

Tilt: Você assumiu o comando da Magic Leap em agosto do ano ado. Até o momento, qual tem sido o seu maior desafio como presidente-executiva da empresa?

Peggy Johnson: Quando eu assumi, há um ano, a companhia estava focada em fazer um produto de realidade aumentada para o consumidor e eles haviam tomado a decisão de focar em empresas. Meu desafio foi investir ainda mais em algumas verticais: optamos pela área de saúde, manufatura e defesa porque são áreas em que as pessoas já estão confortáveis em usar órios e equipamentos em seus olhos. Percebemos, então, que estas pessoas seriam mais abertas a adotar a realidade aumentada.

Tilt: Quando começaram os rumores de que a Magic Leap não iria mais fazer produtos para o consumidor final, fãs de tecnologia ficaram tristes. Você acha que consumidores finais, a população em geral, ainda não está pronta para a realidade aumentada?

PJ: Trabalhar com realidade aumentada pode ser muito difícil porque o device precisa, basicamente, enganar seus olhos: mostrar algo para ele que não está naquele espaço. É preciso inserir conteúdo digital no espaço e este é um desafio óptico enorme que não vai ser resolvido magicamente, tanto que estamos nesse negócio há 10 anos.

E para atender o consumidor final, o device não pode ser pesado, não pode ter a sensação termal do computador que está dentro. Sabe quando usamos muito o celular e ele fica quente? A pessoa não pode sentir isso enquanto usa o headset. Para todo mundo usar um headset de realidade aumentada, ele necessita ser ainda mais leve do que a segunda geração do nosso produto.

Tilt: O consumidor final também pode ser muito reticente em relação à realidade aumentada. Há quem ache que isso é coisa apenas de ficção científica.

PJ: Uma analogia que gosto bastante é o telefone celular, por causa do meu histórico nesse mercado. No começo, eles eram muito maiores do que são atualmente e tínhamos que encontrar um valor para ele. Veja a situação de um vendedor que trabalha na rua, com o carro, e precisa checar algo com a matriz. Eles precisavam encontrar um estacionamento, um telefone público para fazer a ligação e, só então, conseguir a informação que precisava.

Dizíamos que, com o celular, eles poderiam ficar em seus carros e poupar tempo e dinheiro. A realidade aumentada está fazendo uma trajetória similar. Ela pode ter um valor para um certo número de verticais, mercados nichados, e, com o tempo, com a tecnologia avançando e a gente tornando o device menor, podemos atingir o consumidor final.

Tilt: Você acredita que, focando em um mercado mais aberto e nichado, a Magic Leap vai se tornar mais lucrativa?

PJ: Espero que sim. No momento, o mercado está bastante aquecido. O interesse por realidade aumentada e realidade virtual está grande, a pandemia fez com que as pessoas buscassem soluções nessas tecnologias, com outras grandes empresas fazendo investimentos nesse sentido. Estamos, então, no lugar certo, na hora certa, com o produto certo.

Quando focamos em um nicho, nossos engenheiros sabem exatamente quais problemas resolver, em que soluções eles devem focar. Há menos erros. Por isso estamos muito animados com o lançamento do ML2. Ele é menor, mais leve e mais rápido. O nosso objetivo é torná-lo um ório para ser usado o dia todo.

Tilt: Como o headset da Magic Leap vai ser usado nesses verticais que decidiram focar? Que tipo de problemas vocês querem solucionar?

PJ: Na área da saúde, queremos criar uma cirurgia em realidade aumentada. Antes de ir para a sala de cirurgia, é preciso que o médico faça um planejamento de como a intervenção será feita. Temos companhias que criaram mapas em 3D de cérebros para que um cirurgião possa mapear quais serão seus os.

Na cirurgia, em si, o profissional poderá, também, usar o headset e, enquanto vê o cérebro humano real, possa ter informações em outras telas que possam ajudá-lo e, caso seja necessário, possa pedir ajuda para um colega sem usar as mãos.

O exército, por sua vez, gasta muito dinheiro criando cenários para treinamento, com materiais para criar esses episódios. Isso pode ser muito caro. Com realidade aumentada, a defesa pode poupar dinheiro e há, ainda, a possibilidade de mudar cenários mais rapidamente.

Tilt: Metaverso é o termo do momento. O que falta para que o mundo "real" convirja, de fato, com o virtual?

PJ: A conversa sobre metaverso nesse momento ainda está um tanto limitada. Está muito focada em realidade virtual, que é o que o Facebook, que foi quem trouxe o assunto à tona, é focado. O que se tem falado é sobre um mundo que entraremos quando colocamos um aparelho em nossos olhos. Isso é uma realidade virtual.

Para o metaverso se tornar real, é preciso que a gente agregue valor a ele. Que as pessoas vejam uma utilidade para a existência dele. Seja pelo entretenimento ou por uma função prática, mas só assim as pessoas vão adotá-lo e querê-lo mais e mais.

Tilt: Qual você acha que vai ser o papel da Magic Leap nesse universo?

PJ: O real valor do metaverso vai vir principalmente com a realidade aumentada, que consiste em continuarmos vendo o mundo real, mas com elementos digitais. Você continua no mesmo lugar, mas melhorado com a tecnologia. No momento, nós estamos sempre com os olhos baixos, grudados nos nossos celulares. Com a realidade aumentada, vamos ver novamente o mundo real, mas com elementos do digital, informações que podem ser úteis e interessantes. Vamos levantar novamente as nossas cabeças.

Tilt: Acha que, em algum momento, vamos ser tão dependentes da realidade aumentada quanto já somos em nossos celulares?

PJ: Com certeza. Por exemplo, quando uma pessoa entrar na sala, vamos ser capazes de ver o nome dela, como ela gosta de ser chamada, se você já a conheceu em algum outro evento. Vai ser uma grande ferramenta para o nosso dia a dia. Voltaremos a interagir com o mundo físico.