"Musculação foi minha aliada na luta contra o câncer de mama"

O Brasil tinha acabado de ser eliminado da Copa do Mundo de 2014 pela Alemanha quando Paula Martins, 41, recebeu de sua médica o diagnóstico do câncer de mama. Em busca da cura, a cozinheira apostou em uma receita que combinava exercício físico e alimentação saudável para encarar o tratamento que durou quase um ano. A seguir, ela conta como venceu a doença:
"Desde os 17 anos, eu fazia acompanhamento, porque tinha histórico de nódulos mamários benignos. Em 2014, eu fiz o autoexame, notei um nódulo diferente no seio esquerdo próximo à axila. Fiz alguns exames, fui submetida a uma cirurgia para retirar o tumor e um quadrante da mama.
O Brasil tinha acabado de perder de 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo quando recebi a ligação da minha oncologista para dizer que o laudo tinha saído e confirmado o diagnóstico de câncer de mama. Foi um baque
Fiz 16 sessões de quimioterapia e 33 de radioterapia em dez meses de tratamento. Sofri com os efeitos colaterais, tinha náuseas, fraqueza e sonolência. Com 15 dias da primeira quimio, pedi ao meu marido para raspar o meu cabelo, tinha muita dor no couro cabeludo e não queria ter a sensação de ar a mão nos fios e sentir os tufos caindo.
Minha vontade era ficar na cama, mas ia treinar musculação na academia do prédio. O exercício físico foi um grande aliado no meu tratamento. Minha vontade era ficar na cama o dia todo dormindo, mas eu não podia me entregar e me apeguei ao esporte
Sempre que possível, fazia musculação de três a quatro vezes na semana. Eu respeitava o meu corpo e o meu limite. Esperava o mal-estar ar e, quando me sentia disposta, ia treinar na academia do meu prédio.
Meu marido é personal trainer e me orientava no treinamento.
Meu treino era focado em trabalhar a musculatura para eu não perder massa magra. Eu tinha a sensação de prazer e de bem-estar quando me exercitava.
O importante era eu me movimentar e me manter ativa. Minha maior motivação para treinar era ficar forte para lutar contra a doença
Nesse processo de mudança de hábitos, preparava as minhas refeições e me descobri uma cozinheira. Eu era dentista e ei a trabalhar com alimentação saudável, a ensinar receitas no meu blog, nas redes sociais e a dar aula de culinária.
Minha dieta incluía verduras, legumes, peixe, frango, carne vermelha e o consumo reduzido de açúcar e carboidrato. A combinação entre esporte e alimentação balanceada foi fundamental para amenizar as reações agressivas das medicações
Na medida do possível, levava uma vida tranquila, cozinhava, cuidava da casa, dos meus filhos, viajava e trabalhava. Ao terminar a 33ª sessão de radioterapia, eu recebi alta do tratamento no início de 2015. Foi o dia da minha redenção. Graças a Deus estava livre de tudo aquilo. A médica me orientou a fazer um controle semestral com exames de rotina, mamografia, ultrassom e recomendou a hormonioterapia por dez anos.
Me dedico ao esporte hoje para ter uma velhice saudável no futuro. O exercício físico, que se intensificou na época do tratamento, se tornou prioridade e um estilo de vida
A hora que vou para academia é o momento que reservo para me cuidar, que me sinto bem e bonita no meu corpo. Mas não é só isso. Eu penso a longo prazo: quero chegar aos 90 anos como a minha avó, fazendo atividade e independente. Quero me dedicar ao esporte hoje para ter uma velhice boa e saudável no futuro."
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