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"Só queríamos ter retornado com saúde", diz brasileira contaminada em navio

Lígia e Thiego, brasileiros que foram contaminados em navio de cruzeiro na Itália - Arquivo pessoal
Lígia e Thiego, brasileiros que foram contaminados em navio de cruzeiro na Itália Imagem: Arquivo pessoal

Janaina Garcia

Colaboração para VivaBem

13/04/2020 14h54

O apelo de uma brasileira para deixar o confinamento forçado em um navio na Itália, antes que se contaminasse com o coronavírus, não surtiu o efeito esperado. Agora, além de permanecer sem previsão de volta para o Brasil e isolada em uma embarcação da empresa de cruzeiros Costa Crociere, a analista de tecnologia Lígia Cossina, 36, de São Paulo, viu acontecer o que ela mais temia: foi contaminada pelo vírus juntamente com o marido, o gerente de projetos Thiego de Azevedo Paes, 34.

A notícia foi dada ao casal às 8h30 (3h30 de Brasília) desse domingo (12) de Páscoa. Eles haviam feito o teste na última quarta-feira (8) juntamente com outros dez ageiros brasileiros —todos, por sinal, no mesmo horário, com direito a contato visual entre eles.

"Fomos contaminados a bordo, em isolamento, em uma tragédia anunciada exatamente como havíamos alertado e frisado tanto em nossos apelos sobre este risco. Estamos inconsoláveis, incrédulos e traumatizados diante deste pesadelo que não tem fim", afirmou Lígia.

"Estamos em 'luto' porque tivemos duas baixas: a de nossa saúde física para a condição a que fomos impostos e condicionados a viver por 20 dias e, agora, mais uma baixa: a de nossa saúde mental, para digerir e aceitar as consequências disso", definiu.

"Fomos aprisionados e encurralados em circunstâncias jamais imaginadas. Tudo que queríamos era somente poder ter retornado com saúde", prossegue a brasileira, conforme a qual ela e o marido estão "consternados com tudo isso".

"Somos vítimas de uma série de incompetências que acabou resultando na nossa contaminação: a soma do descaso do Itamaraty, do consulado-geral em Roma e também da empresa."

De dez testes, dois deram positivo

A VivaBem, a analista explicou que, do grupo de dez ageiros brasileiros a bordo do Costa Victoria, ela e o marido foram os únicos a testarem positivo para o coronavírus. Outros seis obtiveram resultado negativo para o vírus e desembarcaram ontem mesmo para os procedimentos de repatriação, e duas ageiras idosas ainda não sabem o resultado dos testes. "Elas estão traumatizadas, isoladas", relata Lígia.

A analista disse que tanto ela quanto o marido apresentaram apenas sintomas leves da doença, como coriza e um pouco de dor no corpo, semelhante a um resfriado comum, na semana retrasada.

Com a confirmação dada ontem, Lígia conta que as refeições agora são servidas em embalagens descartáveis. Além disso, uma enfermeira ou a medir temperatura e pressão deles, nas cabines, acompanhada de um médico.

"Não recebemos nenhuma informação sobre os próximos os —onde e quando ficaremos, por exemplo—, só que teremos um novo teste. Questionamos tanto o consulado-geral em Roma quanto a empresa do cruzeiro, mas dizem não saber de nada —sequer sabemos dos seis tripulantes brasileiros se foram testados também, o que deu, se ainda estão no navio... nada".

Como foi o domingo de Páscoa nessas condições?

"Sempre amos a Páscoa em família, e ter que dar essa notícia ontem para a minha família foi bem difícil. Recebemos de sobremesa algo parecido com uma colomba e uns pedacinhos de chocolate. Fiquei emocionada com isso porque me lembrei da minha família, me deu muita saudade, sabe. Está bem difícil", emociona-se a brasileira.

Confinamento em navio caminha para um mês

A reportagem havia falado com Lígia há duas semanas, quando ela e os outros ageiros embarcados no transatlântico "Costa Victoria" completavam dez dias de isolamento nas respectivas cabines, com autorização de saída apenas para a aferição de temperatura, feita uma vez ao dia.

O confinamento como medida de segurança havia começado dia 23 de março, quando, de agem pela Grécia, o navio teve de desembarcar, para cuidados médicos, uma ageira argentina de 63 anos que testou positivo para o coronavírus.

De lá para cá, os ageiros foram impedidos de desembarcar em Veneza e tiveram de atracar no porto de Civitavecchia, na província de Roma. Em lockdown, a Itália, um dos epicentros da covid-19 no mundo, fechou seus portos a transatlânticos estrangeiros e suspendeu as operações de seus cruzeiros como forma de tentar conter a propagação da doença.

O cruzeiro teve início em 29 de fevereiro em Mumbai, na Índia, e tinha previsão de descer em Veneza no último dia 28 de março. Só na agem por Dubai, onde, em 9 de março, embarcaram cerca de 500 ageiros.

O transatlântico chegou a ter quase 1.500 pessoas —726 ageiros de diferentes nacionalidades e 776 tripulantes. A maior parte deles desembarcou nos últimos dias.

Itamaraty não apresenta solução a brasileiros contaminados

VivaBem voltou a fazer contato com o Ministério das Relações Exteriores brasileiro sobre o caso. Na semana ada, a pasta itiu ter conhecimento da situação dos ageiros atracados no porto de Civitavecchia e disse que eles aguardavam o desembarque "para entrarem em quarentena de 14 dias em hotel na Itália (pago pela operadora do cruzeiro)".

Na mesma ocasião, o ministério informou que "o Consulado do Brasil em Roma está acompanhando o caso e mantendo contato com os brasileiros".

Nesta segunda-feira (13), questionado novamente ante a informação de que brasileiros foram contaminados a bordo, o Itamaraty tornou a não apresentar uma solução.

"O Consulado e a Embaixada do Brasil em Roma têm efetuado repetidas gestões junto ao governo italiano, mas diante da situação de pandemia naquele país ainda não foi autorizado o desembarque de ageiros para partida em voos comerciais. Por meio de um dos ageiros, o Consulado recebeu a informação de que alguns ageiros testaram positivo para covid-19 e está buscando confirmar essa informação com as autoridades sanitárias italianas, para questionar sobre qual procedimento será seguido com esse fato novo", diz o ministério, em nota.

Por outro lado, o Itamaraty faz questão de destacar que "a repatriação de ageiros de navios é de responsabilidade da empresa de cruzeiros, que tem colaborado com o governo brasileiro no processo de repatriações de turistas retidos".

"A empresa chegou a agendar voo fretado para a repatriação dos brasileiros, mas, por alegadas dificuldades logísticas, cancelou o voo, o que naturalmente causou grande frustração. Alega, no entanto, que segue buscando uma solução para o caso dos brasileiros do navio. Ressaltamos, adicionalmente, que a quarentena é uma exigência das autoridades italianas para que os brasileiros possam ser posteriormente embarcados em voo de repatriação providenciada pela operadora."

Por fim, o Ministério das Relações Exteriores afirma que "mantém diálogo permanente e fluido com o governo italiano e a empresa de cruzeiros com o objetivo de encontrar solução para o caso".

Empresa de cruzeiros não dá nenhum prazo

Também por meio de nota, a Costa Cruzeiros informou que "tem trabalhado incansavelmente em estreito contato com as autoridades italianas relevantes de saúde e com os representantes diplomáticos dos países envolvidos, a fim de obter um retorno seguro para os hóspedes em seus países de origem", mas destacou que "precisa cumprir as indicações e os regulamentos das autoridades sanitárias italianas sobre desembarque e repatriamento".

"Todas as operações de desembarque são realizadas sob as diretrizes das autoridades italianas, começando pela Proteção Civil, responsável pela emergência covid-19 na Itália e em colaboração com as autoridades de saúde, as autoridades locais e nacionais, além das embaixadas, para garantir que tudo seja feito protegendo a segurança e a saúde das comunidades, bem como dos hóspedes e da própria tripulação. Enquanto o navio Costa Victoria estiver na Itália precisamos seguir as diretrizes fornecidas pelas autoridades de saúde italianas, que realizam exames de saúde constantes a bordo, juntamente com a equipe médica a bordo.

O cenário do transporte aéreo apresenta um alto nível de incerteza devido a inúmeras medidas, incluindo bloqueios totais adotados por quase todos os países do mundo. A empresa está determinada a encontrar uma solução e todas as energias da companhia estão se movendo nessa direção, A companhia segue em constante contato com as autoridades envolvidas para encontrar uma solução que possa ser operada em breve."

O grupo destacou ainda que, na semana ada, "Daniel Lins, vice-cônsul geral do Brasil em Roma, foi à Civitavecchia e embarcou no navio Costa Victoria para visitar os brasileiros a bordo, a fim de verificar suas condições e responder a todas as dúvidas. Além disso, os hóspedes brasileiros estão sendo contatados por cartas, enviadas em suas cabines, com informações sobre os procedimentos antes do desembarque."

A assessoria não soube informar se os seis tripulantes brasileiros seguem na embarcação e se foram testados para a covid-19, tampouco o resultado do exame das duas ageiras brasileiras idosas que seguem isoladas em suas cabines.