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Aventuras no Habbo Hotel

Ao completar 20 anos, rede social segue viva gerando empregos (virtuais), amizades e memes

Matheus Fernandes Colaboração para o START Divulgação
Divulgação

UNIVERSO À PARTE

Com o fim da plataforma Flash, o velho Habbo Hotel vai morrer em 2020

Antes de o Facebook dominar a internet, existia o Habbo Hotel. Com sua icônica estética pixelada e sua temática de um hotel infinito, o game oferece um espaço onde você pode criar seu avatar e interagir com os outros, ao mesmo tempo que se dedica a uma construção de mundo complexa e coletiva. Esse estilo de jogo, uma evolução das salas de bate-papo, MUDs e fóruns antes de as redes sociais se tornarem um game em si mesmas, bombou na primeira década do milênio, com exemplos como Second Life, IMVU e Club Penguin. Nenhum desses, porém, foi tão popular no Brasil quanto o Habbo.

No ano de seu vigésimo aniversário —e 15 depois de ser lançado no Brasil—, o Habbo tem sua existência ameaçada por motivos de infraestrutura: O Flash, plataforma que sustenta o game (e boa parte de seus contemporâneos) vai ser desativado permanentemente no final deste ano.

A Sulake, empresa responsável pelo jogo, promete para este ano uma nova versão, intitulada "Habbo 2020", baseada na engine Unity. "Seremos capazes de prover uma experiência melhor para nossa comunidade", disse a empresa. Para o START, revelaram uma nova funcionalidade: um sistema de níveis, baseado nos achievements e na lotação dos quartos dos personagens, liberando recompensas. "O Habbo proporciona um espaço online para conhecer novas pessoas, fazer amigos, socializar e criar. Há uma necessidade por esses espaços agora e no futuro, e é assim que vamos continuar relevantes nos próximos anos".

Mas o que é o Habbo em 2020? O game continua vivo e pulsante, contra todas as expectativas, mantido por uma comunidade que utiliza o espaço virtual para reunir amigos, conseguir empregos e, é claro, fazer girar a máquina de memes. Cada novo quarto é uma oportunidade de ver uma ideia absurda tomando forma. E, sim, em 2020 as pessoas continuam procurando um amor (e às vezes até encontrando) pelos corredores do Habbo Hotel.

O START ou as últimas semanas no Hotel, colecionando mobis, frequentando os cafés e corredores e fazendo o possível e o impossível por algumas moedas. Agora contamos uma parte do que encontramos por lá.

HABBO HOTEL EM 6 OS

  • INTERNACIONAL

    O Habbo tem servidores no Brasil e em outros oito países espalhados pelo mundo; 12 servidores não existem mais: foram fechados ou fundidos com os de outras regiões.

    Imagem: Divulgação
  • BALADA ONLINE

    Muito antes de a quarentena dar origem às festas online, Habbo já era tendência. O primeiro protótipo do jogo, lançado em 1999, chamava-se Mobile Disco e trazia um espaço virtual com um bar e uma pista de dança.

  • HOTEL CINCO ESTRELAS

    Assim é a primeira menção ao Habbo no UOL, no ano de 2001, comentando a nova sala de bate-papo que imitava o ambiente de um hotel. Na época, o jogo só estava disponível em inglês.

    Leia mais
  • PISCINA FECHADA

    A rede social já foi foi um dos primeiros alvos dos Anonymous, com usuários do 4chan invadindo o jogo para causar confusão: eles bloquearam o o à piscina do hotel.

  • EMPREGOS

    Com um pouco de dedicação, é possível trabalhar em hospitais, restaurantes e torcidas organizadas. Para acompanhar o que acontece no Habbo, a comunidade tem seus próprios jornais.

  • POLÍCIA

    Além dos policiais virtuais, às vezes a versão real precisa ser envolvida. Em 2007, um adolescente holandês foi preso acusado de ter roubado móveis virtuais de um dos "quartos" do Habbo Hotel no valor de 4 mil euros.

Any Gabrielly, do grupo pop Now United, encontrou fãs no Habbo Hotel

Arte/UOL Arte/UOL
Reprodução/START

FENÔMENO POP

Fresno, Emicida e até Falcão já se apresentaram no Habbo

Muito antes de as lives serem tendência, o Habbo Hotel virou um espaço para interação entre artistas e seus fãs. Grandes celebridades como o Gorillaz, Lady Gaga e Ozzy Osbourne aram pelo teatro do Hotel. Alguns desses eventos eram organizados por anunciantes, outros pela própria Sulake. Assim como o Second Life, o jogo foi um hit entre anunciantes em uma parte pouco documentada da história da internet.

No Brasil, o auge desses encontros foi na virada da última década. O jogo chegou a ter até um programa na televisão para retratar essas reuniões. Pelo servidor brasileiro aram Fresno, Emicida, Manu Gavassi e até alguns nomes mais inusitados, como o cantor de brega Falcão.

Pe Lanza, então vocalista do fenômeno pop Restart, diz que não se lembra especificamente da visita que a banda fez, mas se recorda do movimento de fãs do jogo nas redes: "Em 2010, a galera era sinistra, tanto em menções relacionadas à gente no Twitter, quanto no jogo".

O cantor está prestes a lançar versões solo das músicas de sua atual banda, Stellar, e vem interagindo com seus fãs, mas está planejando mais eventos virtuais. "Eu vejo um movimento hoje em dia, até por causa da pandemia, o pessoal ficou mais saudosista, com boas lembranças dessa época. Tomara que, seja no jogo ou nas redes sociais, a galera volte a comentar, tanto das lembranças de dez anos atrás, quanto das novidades que temos preparado para o futuro próximo".

Os encontros no Habbo perderam o apelo comercial e agora são organizados pela própria comunidade, mas isso não impede artistas de encontrarem seus fãs na plataforma. Alguns deles são mais novos do que o próprio jogo, caso da cantora e dubladora Any Gabrielly, integrante do grupo internacional de pop Now United, que utilizou a quarentena para marcar eventos no Hotel.

Os encontros foram organizados pela Central de Fãs da artista, junto com a própria Any. "Eu ei grande parte da minha adolescência jogando Habbo, e foram esses encontros antigos que tinham dos artistas que inspiraram em tentarmos fazer algo durante a quarentena", explica Lucas Müller, membro da Central. "Ela (Any) tem feito chamadas de vídeo pelo Zoom, jogando Stop on-line, Gartic mas queríamos algo diferente. Escolhemos o Habbo e se não me engano fizemos dois ou três dias de encontros dela com fãs lá".

Ele conta que a cantora conhecia o Habbo Hotel, mas nunca tinha jogado, ao contrário dele, frequentador assíduo na infância. A recepção dos fãs foi positiva. "Os fãs amaram! A Any também amou e achou a melhor opção de interagir com a galera de uma maneira virtual, foi o jogo favorito". Lucas diz que tentou contato com a Sulake para fazer algo maior, mas não obteve resposta.

Em 2010, a galera era sinistra, tanto em menções relacionadas à gente no Twitter, quanto no jogo

Pe Lanza, ex-vocalista do Restart, sobre o Habbo Hotel

Reprodução Reprodução
Reprodução/START

FÁBRICA DE MEMES

"O pessoal vê um meme e fala 'nossa, saudades de jogar, vou entrar hoje'"

Mesmo se você não joga Habbo, é quase impossível escapar dos memes sobre o game. Nas redes sociais, a comunidade do hotel difunde os momentos mais inusitados, misturando o humor da internet com a estética pixelizada simbólica do jogo.

Com quase 300 mil seguidores (mais um grupo com outros 15 mil), a Brazilian Habbo Memes é a maior do gênero em atividade no Facebook. A página é controlada pelos amigos Francisco Mastrochirico e Gustavo Silveira. Veteranos do game —Gustavo joga desde 2007, Francisco desde 2010— os dois enxergam na página uma forma de atrair novos jogadores e tornar o jogo relevante. "A gente mantém o Habbo vivo nas memórias, mesmo pra galera que não joga", diz Silveira.

No Twitter, a Xet do Habbo (@xetdohabo), com seus 160 mil seguidores, é gerenciada por Moreira (só Moreira, reafirma o dono), mememaker responsável por um grande número de páginas populares da rede. Como boa parte dos membros de comunidade, ele jogava Habbo quando era mais novo e criou o perfil para relembrar "quão bom é o Habbo e seu servidor". "A grande quantidade de 'pérolas' que se pode encontrar em cada quarto que você vai é incrível", diz.

Ambas as páginas afirmam nunca terem sido procuradas pela Sulake, empresa responsável pela istração do jogo. Mas o trabalho de atração de novos (e velhos) jogadores é inegável. "Sempre que abro as notificações vejo pessoas dizendo que estão afim de jogar e eu fico realmente feliz por isso", diz Moreira. A impressão de Gustavo é semelhante: "Sempre que posto algo aparece uma galera 'MEU DEUS AINDA EXISTE HABBO?' e nisso acabam indo jogar". "O pessoal vira e mexe vê um meme e fala "nossa, saudades de jogar, vou entrar hoje", complementa Francisco.

Como qualquer obra de arte, um bom meme é aquele que extrapola seu contexto e consegue conversar diretamente com os temas mais existenciais da espécie humana. "Quando a gente usa só o Habbo como margem, atingimos o público do jogo, mas quando damos um contexto que vai além da bolha, com o que acontece na atualidade, acabamos atingindo um público bem maior", explica Gustavo.

Sempre que posto algo aparece uma galera 'MEU DEUS AINDA EXISTE HABBO">

Publicado em: 17 de agosto de 2020 | Texto: Matheus Fernandes | Design: Guilherme Zamarioli | Edição: Renato Bueno

Fotos: Reprodução e Divulgação/Sulake/Habbo Hotel.

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